O senador e ex-juiz federal Flavio Dino foi indicado para o Supremo Tribunal Federal com o acordo palaciano de ceder o comando do Ministério da Justiça do PSB para o PT, e isso abriu uma disputa intensa no partido.

O problema para o presidente Lula da Silva é que faltam nomes de peso jurídico na legenda para o cargo. Há um grupo mais forte, ligado à presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, que defende seu nome para o cargo. A Operação Lava Jato é coisa do passado no currículo, sem condenação, e ela intensificou ontem sua articulação.

Há um plano do grupo de Gleisi de fazer uma dobradinha com Enio Verri, o ex-deputado federal e hoje diretor-geral da Usina de Itaipu, para alçar a dupla ao Senado e Câmara em 2026, respectivamente. Outro nome corre por fora, mas ainda com resistências no próprio partido. Wadih Damous, o advogado ex-presidente da OAB Rio e hoje chefe da Secretaria Nacional do Consumidor do MJ. Wadih, aliás, seria uma aposta de parte do PT para um projeto eleitoral no Rio de Janeiro a médio prazo, onde o partido está fraco há anos. Falta a vitrine, e convencer o partido