Cleo lançou na sexta-feira, 22, seu álbum visual “Dark Pop”. O novo trabalho da artista mostra uma parte de si, fazendo reflexões sobre relações abusivas e amor-próprio, expondo a descoberta da força interna. “Eu acredito na vulnerabilidade, não veria por que não expor. Acho que a vulnerabilidade anda junto com a força. Não é uma coisa ou outra”, reflete. 

A artista, que participou de todas as etapas da produção, inclusive das composições, acredita na importância dos temas retratados. “Eu gostaria de ter tido isso quando era mais nova, gostaria que esse fosse um diálogo social [na época], gostaria que esse tipo de coisa fosse falada, cantada, debatida, porque teria me ajudado muito”, comenta à ISTOÉ Gente.

“As pessoas ainda culpam a gente pela forma como a gente reage ao abuso que nos foi feito, então você não pode nem falar sobre isso. Eu sou artista, eu mexo com as minhas emoções, com as minhas vivências, com os meus sentimentos, meus pensamentos… não tem muito como fugir disso. Mas com certeza a terapia me ajuda muito, o axé me ajuda muito, minha rede de apoio e a arte também me ajudam muito”, destaca.

O projeto conta com 10 faixas, além do interlúdio, e conta com participações especiais de Johnny Hooker, King, Chameleo, Azzy e Karol Conká. Imerso em uma sonoridade pop, o álbum mistura rock, trap, fado e disco. 

“Eu queria passar essa sonoridade mais dark, que eu sempre apostei desde ‘Jungle Kid’ [EP lançado em 2018], mas também queria que fosse um álbum divertido, gostoso de ouvir, que tivesse uma curadoria eclética, e acho que consegui isso. Tô bem feliz com o resultado”, pontua a cantora, que dispensa expectativas com o lançamento.