 "Fernando Frazão/Agência Brasil")
O governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro (PL) retirou o TH Joias do mandato como deputado estadual nesta quarta-feira, 3, após a prisão do parlamentar. Ele havia entrado no cargo como suplente de Rafael Picciani, que até então estava licenciado para atuar na gestão de Castro.
De acordo com publicação do governador na plataforma X, “o deputado estadual Rafael Picciani está retomando seu mandato na Assembleia Legislativa. Ele substitui o deputado estadual TH Joias, preso hoje em ação conjunta das polícias Civil e Federal e do Ministério Público”. Castro ainda reiterou que “o retorno de Rafael já estava previsto, mas, diante da operação realizada hoje, decidimos antecipar”.
“O trabalho integrado deixa um recado muito claro: a lei vale para todos”, finalizou.
Por minha determinação, o deputado estadual Rafael Picciani está retomando seu mandato na Assembleia Legislativa. Ele substitui o deputado estadual TH Joias, preso hoje em ação conjunta das polícias Civil e Federal e do Ministério Público.
— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) September 3, 2025
Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, foi preso pela Polícia Federal também nesta quarta-feira, 3. Segundo a Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) o parlamentar e outras quatro pessoas foram denunciadas pelos crimes de associação para o tráfico de drogas e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito.
De acordo com a denúncia do MPRJ, o grupo é acusado de intermediar a compra e venda de drogas, armas e equipamentos antidrones para o Comando Vermelho, nos Complexos da Maré e do Alemão e na comunidade de Parada de Lucas. Além disso, os investigados teriam movimentado grandes somas em espécie para financiar as atividades da facção.
À IstoÉ, o MDB informou que o diretório do partido no Rio de Janeiro expulsou o parlamentar da legenda.
Ainda segundo o MPRJ, TH Joias é acusado de utilizar o mandato para favorecer a organização criminosa, “inclusive nomeando comparsas para cargos na Assembleia Legislativa do Rio (ALERJ)”. Ele também é investigado por intermediar diretamente a compra e a venda de drogas, armas de fogo, aparelhos antidrones e realizar pagamentos a integrantes do Comando Vermelho.