O ponto de partida de Tarsila, a brasileira, musical que a partir da quinta-feira (25) marca o retorno de Claudia Raia aos palcos, é a chegada da artista plástica Tarsila do Amaral, em 1922, a São Paulo, onde formaria o Grupo dos Cinco com quatro outros modernistas: a também pintora Anita Malfatti e os escritores Menotti Del Picchia, Oswald de Andrade e Mario de Andrade.

O espetáculo passa então a narrar a sua vida atribulada entre Paris e a capital paulista, o redescobrimento do Brasil por Tarsila, seu romance com Oswald, vivido pelo marido de Claudia, Jarbas Homem de Mello, e a colaboração artística entre a pintora e o escritor, que viria a culminar em 1928 com o quadro Abaporu e o Manifesto Antropófago, respectivamente.

Na segunda parte, o musical traz a crise conjugal de 1929, quando Tarsila descobre a traição de Oswald com Pagu. Separada, viaja para Moscou e dá início a sua fase de pinturas sociais, em que retrata trabalhadores brasileiros. Após a morte da sua filha e sua neta, Tarsila busca conforto espiritual junto ao médium Chico Xavier.

Tarsila, a brasileira nasceu em 2020, quando Claudia recebeu um telefonema de Tarsilinha, sobrinha-neta e uma das herdeiras da pintora, sugerindo que vivesse a artista num musical.

A pandemia e a gravidez tardia da atriz, que em fevereiro de 2023 deu à luz Luca, seu terceiro filho, atrasaram o projeto.

Em cartaz até 26 de maio, no Teatro Santander, o espetáculo tem encenação e direção de arte assinadas por José Possi Neto, e direção musical de Guilherme Terra.

No Oficina, um tributo a Caymmi

Claudia Raia faz tributo a Tarsila do Amaral
Divulgação

Na quarta-feira (24), o Teatro Oficina apresenta Dorival e a Mar, espetáculo que homenageia o compositor baiano, cujas canções são referência, inspiração e trilha sonora para diversas peças da companhia. Costura cenas inspiradas em canções como O Mar, O Bem do Mar, Saudade de Itapoã, Dora, O Vento e Canção da Partida. No elenco, Cyro Morais, também dirige o tributo, Kelly Campello, Danielle Rosa (foto), Zé Ed e Marília Piraju.

Para Ler

Claudia Raia faz tributo a Tarsila do Amaral
(Divulgação)

A Todavia reedita clássicos de Graciliano Ramos (1892-1953), cuja obra acaba de entrar em domínio público. Destaque para o romance Angústia (1936), com organização, apresentação e notas do pesquisador Thiago Mio Salla.

Para Ver

Claudia Raia faz tributo a Tarsila do Amaral
(Divulgação)

Formado por cerca de 450 mulheres, o Bloco Afro Ilú Obá de Min celebra seus 20 anos com uma apresentação no domingo (21), na Casa Natura Musical. A noite termina com a participação da DJ Evelyn Cristina.

Para ouvir

Claudia Raia faz tributo a Tarsila do Amaral
(Divulgação)

O clássico “Meu Mundo e Nada Mais” (1976), de Guilherme Arantes, ganha nova interpretação nas vozes de Alaíde Costa e do próprio compositor. A parceria para o recém-lançado single foi costurada pelo produtor Marcus Preto.

EXPOSIÇÃO
O artista está presente

Claudia Raia faz tributo a Tarsila do Amaral
(Julien Mignot)

A convite da 22ª Bienal Sesc-Videobrasil, o artista camaronês Samuel Fosso participa de bate-papo no dia 30/1, a partir de 18h30, no Sesc 24 de Maio, com Adriana Ferreira da Silva, jornalista, escritora e curadora, e Thyago Nogueira, curador, diretor do Departamento de Fotografia Contemporânea do IMS e editor-chefe da revista ZUM. Como ponto de partida, a mescla de autoficção e de autorretrato de suas séries fotográficas 70’s Lifestyle e Fosso Fashion, presentes na exposição.

SHOW
Badi Assad leva sua Ilha ao palco

Claudia Raia faz tributo a Tarsila do Amaral
(Gal Oppido)

A Bona Casa de Música recebe no sábado (20) o espetáculo Ilha, da cantora, compositora e violonista Badi Assad, que completa 35 anos de carreira e 20 álbuns lançados em todo o mundo. No palco, Badi (voz e violão), acompanhada por Décio 7 (bateria e samplers) e Meno Del Picchia (baixo e samplers) – apresenta um repertório composto por seis canções inéditas e duas recém-lançadas, “Palavra” e “Eterno”. Destaque ainda para “Ilha do Amar”, canção que traz Dani Black como parceiro na composição e voz.

STREAMING
Traficante Griselda ganha série

Claudia Raia faz tributo a Tarsila do Amaral
(Elizabeth Morris/Netflix © 2023)

Estrelada por Sofía Vergara, a minissérie Griselda chega à Netflix na quinta-feira (25), contando a história de Griselda Blanco Repestro, colombiana que criou um dos cartéis de drogas mais lucrativos da história, com atuação entre Medelín e Miami dos anos 1970 aos 2000. Sofía, que é produtora executiva da atração, está irreconhecível na pele de Griselda, conhecida como Viúva Negra – a traficante assassinou o próprio marido, Alberto Bravo, seu companheiro também nos negócios – e Madrinha da Cocaína.

LIVRO
Erotismo na literatura brasileira

Claudia Raia faz tributo a Tarsila do Amaral
(Divulgação)

A Coleção Ensaio Aberto, da Tinta-da-China Brasil, acaba de lançar A Parte Maldita Brasileira: Literatura. Excesso. Erotismo. A escritora Elaine Roberts Moraes analisa, em 16 ensaios, o erotismo na literatura nacional. O livro traz seções que tematizam a perversão (Machado de Assis, considerado o maior escritor brasileiro de todos os tempos, Reinaldo Moraes e Nelson Rodrigues), prostitutas (Machado, Manuel Bandeira, Valêncio Xavier), a metafísica (Hilda Hilst e Dalton Trevisan) e as maneiras de escrever sobre sexo (Mário de Andrade e Roberto Piva).