Claudia Leitte, 44, voltou a gerar polêmica nas redes sociais após mudar a letra de “Caranguejo”, alterando a citação da orixá Iemanjá para cantar “Eu canto meu rei Yeshua”, Jesus em hebraico. O caso foi tão repercutido que até Pedro Tourinho, Secretário de Cultura e Turismo de Salvador, comentou sobre o assunto.
Pelas redes sociais e sem citar nomes, Pedro se posicionou sobre o ocorrido. “Quando um artista se diz parte desse movimento, saúda o povo negro e sua cultura, reverencia sua percussão e musicalidade, faz sucesso e ganha muito dinheiro com isso, mas de repente, escolhe reescrever a história e retirar o nome de Orixás das músicas, não se engane: o nome disso é racismo”.
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Ele ainda falou sobre a importância da representatividade da cultura de matriz africana no Axé, gênero musical de muitos hits emplacados pela cantora. “Axé é uma palavra de origem yorubá, que tem um significado e um valor insubstituível na cultura e nos cultos de matriz africana. Não podemos admitir desrespeito, apropriação e retrocesso”.
Após a repercussão da fala, Pedro disse que o texto não foi dirigido a ninguém isoladamente. “A intenção não é alimentar hate contra ninguém, e sim puxar a discussão como um todo sobre a necessidade de saber o que é axé e reconhecer toda a história.”
Essa não é a primeira vez que Claudia Leitte altera a letra da música. Em fevereiro deste ano, a cantora também recebeu diversas críticas após mudar o mesmo trecho de “Caranguejo”. Na época, a carioca cantou “Só louvo meu rei Yeshua”, ao invés de “Saudando a rainha Yemanjá”.
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