A fotografia como ativismo pelos direitos. A atitude artística e libertária levou a fotógrafa e documentarista Claudia Andujar, de 87 anos a ganhar o Prêmio Goethe, outorgado pelo governo da República Federal da Alemanha, por meio do Instituto Goethe, a protagonistas mundiais da cultura. Neste ano, a honraria segue o tema “Uma vida depois da catástrofe”.
Claudia Andujar nasceu em Neuchâtel, Suíça, em uma família judia. Seu pai foi executado no campo de concentração de Dachau. Ela fugiu da Alemanha nazista e se exilou no Brasil, onde se naturalizou brasileira. Trabalhou como fotojornalista e militou em causas como as dos yanomami, na qual foi pioneira nos anos 1970. Segundo o júri do prêmio, o trabalho de Andujar, cerca de 60 mil fotografias, compõem um painel artístico e artístico do Brasil e dos povos indígenas.
Além de Andujar, foram premiados o compositor e retente húngaro Péter Eötvös e os diretores teatrais colombianos Heidi e Rolf Abderhalden, do coletivo Mapa Teatro.
A cerimônia de entrega dos prêmios ocorrerá em 28 de agosto de 2018 no Residenzscholss de Weimar, palácio do antigo principado, conhecido como berço do classicismo alemão.
