A eliminação no Campeonato Paulista causada pela derrota para o Audax teve para o São Paulo um peso maior do que perder a primeira chance de título no ano. O adeus precoce aumentou o risco de desperdiçar o primeiro semestre e, assim, antecipar a reformulação do planejamento do clube.

A continuação na Copa Libertadores será decisiva nesse panorama. Uma derrota em La Paz para o The Strongest na quinta-feira deixará o time sem calendário por quase um mês, fora esfriar o desejo de uma permanência mais longa de alguns titulares do elenco.

“Com o começo de Libertadores que tivemos, conseguir essa classificação seria uma volta por cima importante e moral para a sequência do ano”, disse o zagueiro Diego Lugano.

O artilheiro do time no ano, Calleri, tem contrato de empréstimo somente até o fim de junho, com o acordo de prolongar a passagem até o fim da participação na Libertadores. O vínculo do zagueiro Maicon também termina no mesmo dia.

A diretoria gostaria de contar com os dois por mais tempo, mas por se tratarem de negociações complicadas, dependem do calendário do time nos próximos meses para que se tenha um planejamento financeiro.

A decisão na Bolívia servirá para defender o histórico de boas campanhas do São Paulo na Libertadores. Desde 1987 o clube não é eliminado na fase de grupos, e jogará pelo empate para manter o retrospecto.

Lugano disse que para se conseguir a classificação, será necessário jogar bem melhor do que no último domingo. “Não podemos jogar sair o tempo todo para o ataque sem inteligência. Tem que saber jogar na altitude”, comentou.

O adeus no Estadual deu ao time a pior campanha no torneio nos últimos 15 anos e se somou a uma série de tropeços recentes para azarões. Em 2014, por exemplo, Penapolense e Bragantino eliminaram o clube do Paulistão e da Copa do Brasil, respectivamente.