Os clássicos no Estado de São Paulo continuarão com torcida única em 2017. Nesta quarta-feira, uma reunião entre representantes dos quatro grandes clubes paulistas, Federação Paulista de Futebol (FPF), Ministério Público, Tribunal de Justiça, Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) e Polícia Militar e Civil, decidiu estender as restrições estabelecidas este ano.

“A decisão unânime é de que a proibição de visitantes nos clássicos permanecerá ao longo de 2017,” confirmou o secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, em entrevista coletiva após a reunião realizada na Secretaria, no centro da capital. A medida, estabelecida desde março, envolve Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos, e define que as partidas disputadas entre os clubes contam com apenas uma torcida no estádio, a do time mandante.

Um grupo envolvendo a cúpula de Segurança Pública e os clubes ficará responsável por acompanhar as atividades esportivas ao longo do próximo ano, que será crucial para definir a manutenção das regras atuais, e, de acordo com Barbosa Filho, “aplicar mais restrições ou flexibilizar”

Segundo a SSP-SP, a permanência das normas acontece pelos “excelentes resultados obtidos. Em 2015, os clássicos de São Paulo tiveram um público de 290 mil pessoas. Em 2016, o número saltou para 361 mil”, diz o secretário, que argumenta: “O aumento significativo quer dizer que o clima realmente melhorou e os torcedores se sentiram mais a vontade para ir aos estádios e levar suas famílias”.

Além do número de torcedores, as autoridades diminuíram 38% do efetivo da tropa de choque nas arenas e os confrontos entre torcidas rivais tiveram uma queda de 75%. “Foram esses resultados que levaram a todos os envolvidos decidir continuar com as mesmas regras em 2017,” afirma Barbosa Filho.

RELEMBRE – As principais medidas para os jogos de torcida única foram anunciadas em abril deste ano, após o registro de conflitos em quatro pontos da capital, entre torcidas rivais antes e depois do clássico entre Palmeiras e Corinthians, que deixou um morto e dezenas de feridos. A determinação era válida até 31 de dezembro.