O Citigroup planeja cortar, a médio prazo, 20.000 cargos de trabalho ao redor do mundo, indicou nesta sexta-feira (12) o banco americano, que reestrutura suas operações principalmente nos mercados internacionais.

Em meados de setembro, a CEO do banco, Jane Fraser, afirmou que essa modificação seria acompanhada de uma reorganização significativa na estrutura hierárquica da empresa – a maior do banco “em 20 anos”.

O diretor financeiro do grupo, Mark Mason, indicou por telefonema que as indenizações e outras despesas incluídas no balanço do último trimestre de 2023, equivalente a cerca de US$ 780 milhões (R$ 3,8 bilhões), dizem respeito a aproximadamente 7.000 demissões em 2024.

Com a mudança, o banco deve chegar em 2026 com aproximadamente 180.000 funcionários, segundo documentos publicados nesta sexta-feira (12).

No final de 2023, o grupo, sediado em Nova York, contava com 200.000 funcionários, excluindo os empregados do banco de varejo do México.

Devido à reforma em suas operações, o Citigroup reduziu suas filiais subsidiárias fora dos Estados Unidos.

O banco planeja introduzir na bolsa, particularmente, a unidade do banco de varejo mexicana Banamex, uma filial que oferece serviços para pessoas físicas e pequenas e médias empresas (PMEs).

Globalmente, o Citi está focado em clientes institucionais, privados e em gestão de fortunas, além de cartões de crédito. No entanto, mantém o banco de varejo nos Estados Unidos.

A partir da reforma, o banco deseja economizar entre US$ 2 bilhões e 2,5 bilhões (R$ 9,7 bilhões e R$12,1 bilhões) anualmente.

Devido à sua forte presença no exterior, o Citigroup esteve mais exposto a crises internacionais, como a invasão russa da Ucrânia ou a recente desvalorização do peso argentino.

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