Uma mulher britânica que passou a vida inteira deitada andou pela primeira vez após uma cirurgia pioneira em que médicos tiveram de unir o crânio à coluna vertebral da paciente. Melanie Hartshorn, de 34 anos, tinha as duas estruturas separadas devido a uma condição chamada de Ehlers Danlos, que, de acordo com o Hospital Albert Einstein, não tem cura e afeta as áreas responsáveis por sustentar e preencher espaços de áreas do corpo.

A britânica teve que viajar para Barcelona, na Espanha, para passar pelo procedimento que não está disponível nos serviços de saúde do Reino Unido. As informações são do Daily Mail na quinta-feira, 5.

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Melanie foi filmada andando pela primeira vez pouco mais de um ano após o procedimento que ocorreu em 2022. Na época, a britânica estava com baixa expectativa de vida e fez a cirurgia como a última oportunidade de tentar reverter a condição que poderia fazer ela ser “decapitada internamente”.

A mulher vivia em um aparelho que a mantinha deitada para que convulsões não colocassem risco à sua vida. Foi por isso que a britânica decidiu arrecadar 100 mil libras esterlinas (cerca de R$ 636,4 mil) para que pudesse ir à Espanha e realizar o procedimento, em que as estruturas foram unidas pela boca.

Depois da cirurgia, Melanie passou meses no hospital e passou por uma segunda operação em fevereiro, antes de retornar ao Reino Unido. Após os procedimentos, a mulher ainda permaneceu muito tempo com problemas para engolir e por isso utilizava um tubo de alimentação.

A britânica toma injeções regularmente para que os ossos se unam, além de iniciar um curso de professora, profissão que é o sonho de Melanie, e se mudar para uma casa própria. Apesar da condição, a mulher conseguiu se formar em biologia na Universidade de Newcastle.

Agora, a paciente utiliza as redes sociais para mostrar sua rotina e a evolução do tratamento de sua condição.