17/09/2023 - 15:55
O senador e presidente do Progressistas, Ciro Nogueira, continuou atacando o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nas redes sociais, dias depois de o deputado federal André Fufuca (PP-MA) assumir o Ministério dos Esportes. Ex-ministro da Casa Civil no governo de Jair Bolsonaro, Ciro foi às redes sociais neste domingo, 17, e, citando dados de uma pesquisa do Datafolha publicada na sexta-feira, 15, disse que o presidente vive num “Brasil imaginário”
“O medo venceu a esperança (55% a 44%). A tristeza está vencendo a felicidade (61% a 36%)!!! E a INSEGURANÇA está sufocando a segurança (71% a 29%)!!!!! (DataFolha). Lula 3 vive num Brasil imaginário, num mundo imaginário e o Brasil real grita: SOCORRO!!!”, escreveu Nogueira.
O senador também disse, em publicação feita no sábado, que “Lula 3 não funciona, Lula 3 é bom de gogó, mas é ruim de serviço”.
Antes disso, na quinta-feira, 14, um dia depois de Fufuca assumir como ministro dos Esportes, Ciro Nogueira comparou Lula a um jogador de futebol em fim de carreira para ilustrar o que considera ser uma queda de qualidade do presidente no mandato atual em relação aos dois anteriores do petista.
Disputa de poder
O tom bélico do senador contrasta com a retórica mais amigável ao governo de outro expoente do Progressistas, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Lira afirmou que, após ganharem ministérios, tanto o Progressistas quanto o Republicanos darão apoio ao governo na Câmara.
Ao falar por seu partido, o PP, Lira disse que a sigla agora faz parte da base, à revelia de Ciro Nogueira, que chegou a prometer punição aos congressistas do partido que embarcassem no governo Lula.
“Estamos tratando de base de apoio. Não estamos tratando de outros tipos de projetos [políticos], por enquanto. Não quer dizer que [isso] não possa avançar, mas por enquanto nós estamos falando de apoio político no Congresso”, afirmou Lira.
O presidente da Câmara fez questão de dizer que fazer parte da base não garante que todos os filiados irão votar sempre com o Executivo. “Não [é possível], porque nenhum partido dá todos os votos. Mas acredito em uma base tranquila”, afirmou. Com a nova configuração, Lira calcula que agora o governo tem entre 340 e 350 votos, que é suficiente para aprovação de Propostas de Emenda à Constituição (PEC).