Ciro Gomes volta ao PSDB e abre caminho para disputar governo do Ceará em 2026

Ex-presidenciável assina ficha de filiação nesta quarta-feira, 22, e reforça frente de oposição ao PT no estado

Ciro Gomes
Três vezes candidato à Presidência no campo da esquerda, Ciro Gomes retorna ao PSDB Foto: Cristiano Mariz

Quatro vezes candidato à Presidência da República, Ciro Gomes se filia ao PSDB na manhã desta quarta-feira, 22, em Fortaleza. A expectativa de aliados é que a entrada no partido consolide sua candidatura a governador do Ceará em 2026, na oposição a Elmano de Freitas (PT).

O evento reúne os principais nomes da oposição cearense. Mesmo lideranças anteriormente críticas a Ciro, como o deputado André Fernandes (PL) — que participa da filiação — e o ex-deputado Capitão Wagner (União Brasil), se aproximaram do ex-ministro para formar uma “frente ampla” ao seu redor nas eleições do ano que vem.

Ciro deve concorrer ao governo com apoio da direita

Na quarta-feira, 21, o deputado estadual Alcides Fernandes (PL), pai de André, disse que a filiação deve “alavancar” o grupo e finalizou com “Ciro governador”. Dias antes, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, assegurou apoio do partido ao ex-ministro no Ceará. “É o único jeito da gente derrotar o PT“, disse.

O pedido de desfiliação do PDT, onde estava desde 2015 e concorreu duas vezes ao Palácio do Planalto, concretizou a ruptura de Ciro com a base petista. Como a IstoÉ reportou, o ex-presidenciável também recebeu um convite do União Brasil, mas o chamado do ex-governador Tasso Jereissati (PSDB), seu padrinho político, pesou a favor do retorno ao ninho tucano — onde foi governador e ministro da Fazenda.

Em setembro, o prefeito de Massapê, Ozires Pontes, presidente do PSDB no Ceará, garantiu à IstoÉ que o ex-presidenciável voltaria à legenda para concorrer a governador. “Ele percebeu que é o nome para esse projeto [de candidatura ao governo], mas precisará parar de bater no [ex-presidente Jair] Bolsonaro” para ter apoio da direita no pleito.

Na ocasião, os deputados estaduais cearenses Claudio Pinho (PDT) e Felipe Mota (União Brasil), articuladores da aglutinação em torno de Ciro, afirmaram que a empreitada estadual só seria frustrada se ele fosse candidato a vice-presidente em uma hipotética chapa com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), hoje ainda mais distante de se concretizar.