O ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) divulgou ontem texto nas redes sociais no qual lamenta “mal-entendidos” com a comunidade judaica após associar judeus à corrupção em uma entrevista publicada em abril. Duas entidades israelitas o processaram por antissemitismo. “Lamento mal-entendidos que possam ter havido, produtos de desonestidade jornalística ou de mal (sic) emprego eventual da língua portuguesa. Sei também que generalizações podem eventualmente levar a injustiças”, escreveu Ciro.

A fala de Ciro ocorreu durante uma entrevista ao site HuffPost Brasil, publicada no dia 20 de abril, na qual ele criticava a relação do presidente Jair Bolsonaro com “grupos de interesse” que o apoiam. “Por exemplo, para os amigos dele aí, esses corruptos da comunidade judaica, que acham que, porque são da comunidade judaica, têm direito de ser corrupto. Corrupto, para mim, não interessa se é curdo ou cearense. Corrupto é corrupto, ladrão é ladrão”, disse na ocasião.

O presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Fernando Lottenberg, disse que a fala era um “gesto importante de reconhecimento de seu erro” e que vai reavaliar a ação judicial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.