Após semanas seguidas de pregação diária pelo voto impresso (já é!) auditável (já é), o amigão do Queiroz e atual sócio minoritário do Centrão – e isso já seria motivo para abandoná-lo completamente – atingiu o ápice da imoralidade e da estupidez ao levar um astrólogo acupunturista de árvores para seu freak show semanal.

Naquilo a que chama de ‘live’, prometeu entregar provas de fraude eleitoral, mas só entregou vergonha. Hoje, excluindo os mais fanáticos e completamente desprovidos de neurônios e bons princípios, absolutamente ninguém acredita, apoia e defende o pai do senador das rachadinhas e da mansão de seis milhões de reais.

Jair ‘1.000%’ Bolsonaro, o verdugo do Planalto, voltou a ameaçar o País com a não realização de eleições em 2022, como se isso estivesse mesmo ao seu alcance. As manifestações em seu favor deste domingo, contudo, ocorridas em algumas capitais, mostraram justamente o contrário.

Uma meia dúzia de brancos, ricos, da terceira idade – ou bem mais – não representa mais do que ínfima porção do ‘povo brasileiro’. Fico a imaginar os ‘cabeças de prata’ pegando em armas para defender o mito, hehe. Saber envelhecer é de fato uma arte, e é impressionante como pouca gente sabe. Peruca verde-amarela: é sério isso?

ELEIÇÃO

Agora, além do voto impresso, o devoto da cloroquina também quer que a apuração seja ‘em público’. Sim, o maníaco do tratamento precoce quer o mesmo modelo que vigorava no País até trinta anos atrás, quando milhares de pessoas – espalhadas por mais de 5.8 mil municípios – conferiam e contavam, um a um, os milhões de votos.

As urnas eletrônicas vieram justamente para colocar um fim a esse sistema medieval que, aí sim, permitia fraudes grotescas, como a manipulação de resultados de urnas, adulteração de votos, contagem inversa (os votos de um seguiam para o outro), além de livrar os eleitores dos ‘coronéis’ e traficantes que determinavam suas escolhas.

Bolsonaro não quer nada que não sejam motivos idiotas para tentar melar a eleição que lhe trará uma vexatória derrota para o meliante corrupto e lavador de dinheiro. É apenas por isso que insiste nessas babaquices ‘compradas’ por… babacas! Minhas dúvidas (rs) residem apenas em como, quando e com quem ele poderia contar.

O GOLPE É UMA PIADA

Irá o marido da receptora de 90 mil reais em cheques de milicianos mandar prender, sem autorização judicial, juízes, desembargadores, ministros, deputados, senadores, prefeitos, governadores, empresários, jornalistas, artistas, esportistas e dezenas de milhões de trabalhadores que não aceitarão calados uma ditadura?

E irá prender como? Com o Exército, as Polícias civil e militar, ou com os milicianos que condecora e que divide salário de funcionários fantasmas? E mais: irá sustentar o golpe com que dinheiro? O de uma economia arruinada pela pandemia e, no caso, devastada por uma sangrenta e longa guerra civil que certamente viria?

Com quem o psicopata-sociopata-homicida-ignorante irá manter relações comerciais e diplomáticas? Com os Estados Unidos e a União Europeia, que adoram ditadores e ditaduras? Com Chile, Argentina e Venezuela, alvos diários de suas ofensas? Ou com a China, a única ditadura relevante do mundo, e que a demoniza sem parar?

CONCLUINDO

Percebem a imbecilidade da coisa toda, meus caros? Percebem como tem que ser muito burro para acreditar e apoiar essa babaquice de artigo 142, intervenção militar constitucional, etc? Alguém aí imagina o Centrão – o atual dono do governo – quieto, enquanto os golpistas, militares ou não, lhes tomam a chave do cofre e o poder?

Se nem o ex-tudo (ex-presidiário, ex-corrupto e ex-lavador de dinheiro), do alto dos seus 93% de popularidade, e com grande parte do PIB brasileiro comprada, jamais tentou se tornar ditador – não por falta de vontade e índole, diga-se – não será essa besta ao quadrado, Jair Bolsonaro, e seus 20% de gagás aloprados, que irão.

A não ser, é claro, que ele queira passar o resto da vida mofando na cadeia, o que eu duvido, pois o cara gosta de uma mamata. Até porque, no STF, ele não contará com mais do que duas ou três togas amigas. Por lá, como sabemos, quem ‘manda’ é o Barba. Só ele goza da prerrogativa de ‘alma mais honesta deste paíff’.