Cineasta Geraldo Sarno morre aos 83 anos, no Rio de Janeiro

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Morreu, na noite desta terça-feira (22), o cineasta Geraldo Sarno, aos 83 anos. Ele estava internado no hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro, há cerca de um mês, em decorrência de complicações da Covid-19. As informações são do g1.

Nascido em Poções, na Bahia, em 1938, Sarno faria 84 anos no próximo dia 6 de março. Seu curta-metragem “Viramundo” (1965) se tornou um clássico do Cinema Brasileiro e retratou a migração nordestina para São Paulo, o primeiro de uma série de estudos sobre a cultura do Sertão.

De acordo com o site Filme B, especializado em cinema brasileiro, Sarno realizou filmes sobre a reforma agrária, como “Mutirão em Novo Sol” (1963), que se perderam após o Golpe Militar de 1964. E também tratou de temas como a religiosidade popular em “Iaô (1976)”, sobre os cultos afro-brasileiros, e “Deus É um Fogo” (1987), sobre o catolicismo e as esquerdas latino-americanas.

O Governo do Estado da Bahia mantém um site em homenagem ao cineasta, chamado Linguagem do Cinema, no qual disponibiliza o acervo de filmes, séries e programas de TV dirigidos por Sarno, e com documentação sobre eles, reunidos pelo próprio cineasta, que era curador do site. Nele é possível ver desde “Viramundo” até seu último longa-metragem, “Sertânia”, de 2019.

Em 2010, o cineasta venceu o Prêmio Especial do Júri do Festival de Gramado, pelo longa “O Último Romance de Balzac”.