O cineasta e jornalista Arnaldo Jabor, que dirigiu Sônia Braga, morreu nesta terça-feira (15) aos 81 anos em São Paulo, por complicações de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que o manteve internado em um hospital desde dezembro, informou a família.
Nascido no Rio de Janeiro em 12 de dezembro de 1940, Jabor se tornou uma referência do “cinema novo”, um movimento surgido nos anos 1960 que tentou refletir a realidade do Brasil.
“Jabor virou estrela, meu filho perdeu o pai e o Brasil perdeu um grande brasileiro”, escreveu no Instagram Suzana Villas Boas, produtora de cinema e ex-esposa de Jabor, confirmando a morte.
Jabor dirigiu Sônia Braga no filme “Eu Te amo” (1981), apresentado na seção “Um Certo Olhar” do Festival de Cannes.
No concurso mais importante do cinema internacional, o diretor concorreu pela Palma de Ouro com “Pindorama” em 1971 e “Eu sei que vou te amar” em 1986, que levou o prêmio de melhor interpretação feminina para a atriz Fernanda Torres.
Por sua vez, seu filme “Toda Nudez Será Castigada”, que estreou em 1972, levou um Urso de Prata no Festival de Berlim no ano seguinte.
Jabor também era conhecido por ser um comentarista de estilo ácido sobre temas diversos – sobretudo política, nos noticiários da TV Globo a partir da década de 1990. Também foi colunista do jornal O Globo.
“Em seus filmes e textos, procurava observar a sociedade brasileira, compreender seus paradoxos e criticar suas hipocrisias”, destaca uma nota publicada nesta terça-feira pelo O Globo, que lembra seus mais de 50 anos de trajetória.
O cineasta deixou um filme inédito gravado na capital paulista chamado “Meu último desejo”, segundo O Globo.
Além de João Pedro, Jabor teve duas filhas, Juliana e Carolina, que seguiu seus passos como cineasta e produtora.