Heitor Villa-Lobos (1887-1959) escreveu obras de grande porte que só agora são reconhecidas: doze sinfonias, sete óperas e dezenas de peças para grande orquestra. Ao contrário da rotina de consagrar um compositor pelo lado monumental, Villa ganhou fama com sua produção para voz, instrumentos solo e pequenos grupos. Ele compôs esse tipo de música nos anos 1920, quando executou obras inovadoras com forte sotaque brasileiro ao público de Paris. A crítica europeia via as performances do artista brasileiro como de um selvagem com formação erudita.

A série “130 anos de Villa-Lobos, uma celebração” promete recriar o clima da vanguarda parisiense na Sala da Lareira do Hotel Toriba durante a 48ª edição do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão (SP). A entrada para a “soirée” no salão de 60 lugares é grátis. A curadoria é do pianista Antonio Luiz Barker. Ao longo dos cinco fins-de-semana em julho, entre 1º e 29, às 19h, seis atrações que se dedicam a Villa-Lobos interpretam peças de câmara e vocal, para violão, violino e piano.

 


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