O órgão judicial máximo da ONU anunciará, nesta quarta-feira (31), a sua decisão em um caso entre Ucrânia e Rússia, acusada por Kiev de financiar o “terrorismo” e a “discriminação racial”, após a anexação russa da Crimeia em 2014.

Perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ), com sede em Haia, a Ucrânia chamou a Rússia de “Estado terrorista” e afirmou que o apoio russo aos separatistas foi um prenúncio da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Kiev exige indenizações pelos ataques atribuídos a separatistas pró-Rússia, particularmente a destruição do voo MH17 da Malaysia Airlines em julho de 2014, quando sobrevoava a Ucrânia, que matou 298 pessoas.

Este caso é anterior à invasão russa da Ucrânia. A CIJ dirá, na sexta-feira, se tem competência de decidir em outro procedimento sobre esta guerra.

Além de censurar Moscou por ter apoiado rebeldes separatistas, Kiev apontou que o tratamento dado pela Rússia à minoria tártara e às pessoas que falam ucraniano na Crimeia ocupada violava uma convenção internacional sobre discriminação racial.

A Ucrânia recorre a “mentiras flagrantes” contra a Rússia, “mesmo perante este tribunal”, reagiu o embaixador russo na Holanda, Alexander Shulgin, durante audiências em junho.

Moscou tenta “varrer” a Ucrânia “do mapa”, respondeu o representante ucraniano, Anton Korinevish.

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