MILÃO, 12 JUL (ANSA) – A primeira radiografia 3D e a cores de um ser humano já é realidade. Capaz de revelar até a composição química de tecidos humanos como um microscópio, o equipamento será testado pela primeira vez em uma clínica, com o objetivo de oferecer diagnósticos mais certeiros e tratamentos personalizados.   

A máquina foi idealizada pela companhia da Nova Zelândia Mars Bioimaging, graças a um scanner especial que usa o revelador Medipix, desenvolvido pela Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern), em Genebra, para ir atrás do Bóson de Higgs.   

O primeiro a prová-la foi o fundador da Mars Bioimaging, Phil Butler, que a testou em seu próprio corpo. Na foto da radiografia, um relógio aparece em torno de um pulso de ossos brancos e músculos vermelhos, em detalhes surpreendentes.   

Butler é físico da Universidade de Canterbury e desenvolvedor do scanner. Ele realizou o teste junto ao seu filho, Anthony, radiólogo e professor nas universidades de Canterbury e Otago.   

“Os primeiros resultados desse estudo sugerem que, quando forem usadas em clínicas, as imagens espectrais permitirão diagnósticos mais assertivos e tratamentos personalizados”, explica Anthony.   

A máquina combina informações espectostrópicas obtidas do raio-X com potentes algoritmos que geram imagens tridimensionais: as cores representam diversos níveis de energia das fotos do raio-X, permitindo identificar os diversos componentes do corpo humano, como a gordura, o cálcio, a água e marcadores que “vigiam” doenças.   

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No passado, uma versão menor do scanner já foi testada para estudar tumores, ossos e doenças cardiovasculares. (ANSA)


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