Cientistas lançam plano para salvar ursos polares do aquecimento global

Cientistas lançam plano para salvar ursos polares do aquecimento global

Autoridades de preservação da vida selvagem dos Estados Unidos divulgaram na segunda-feira um plano amplo para tentar salvar os ursos polares do Ártico da extinção, enquanto o aquecimento global derrete seu hábitat em ritmo crescente.

Com apenas 22.000 a 31.000 ursos polares restantes no mundo, o Plano de Gestão da Conservação do Urso Polar do Serviço de Peixes e Vida Selvagem (FWS) dos Estados Unidos exige uma série de ações para salvar essas criaturas icônicas.

Principalmente, apela à redução das emissões globais de gases do efeito estufa, que resultam da queima de combustíveis fósseis e contribuem para o aquecimento do planeta.

“Este plano traça as ações necessárias e os compromissos concretos do Serviço (de Peixes e Vida Selvagem) e nossos parceiros estaduais, tribais, federais e internacionais para proteger os ursos polares no curto prazo”, disse Greg Siekaniec, diretor regional para o Alasca do FWS.

Mas “sem uma ação decisiva para lidar com o aquecimento do Ártico, o destino a longo prazo desta espécie é incerto”, acrescentou.

O plano também pede a redução de conflitos entre humanos e ursos, que seu habitat seja protegido e que o risco de contaminação por vazamentos de petróleo seja minimizado.

Insta-se, ainda, que a caça do urso polar seja administrada de perto, assim como uma prática conhecida como “colheita de subsistência”, que é legal para os povos indígenas e envolve matar menos 4% da população total do urso por ano.

“A maioria dessas ações já estão em andamento, em parceria com comunidades nativas do Alasca, grupos sem fins lucrativos e representantes da indústria que participaram da criação do plano”, disse uma declaração do FWS.

O plano se concentra nas duas subpopulações de ursos polares dos Estados Unidos que vivem na costa do Alasca, mas os esforços também devem ajudar a conservar os ursos polares no resto da sua extensão do norte, que inclui a Rússia, o Canadá, a Noruega e a Groenlândia.

Os ursos polares foram listados como ameaçados pela Lei das Espécies Ameaçadas em 2008 devido à perda do habitat de gelo marinho.

Desde então, as condições no Ártico se deterioraram devido ao aquecimento global.

Em outubro e novembro de 2016, a área do Ártico coberta por gelo marinho foi a mais baixa já registrada nesse período.

“Se as emissões de gases de efeito estufa continuarem a subir nas taxas atuais ao longo do século XXI, os ursos polares provavelmente desaparecerão de grande parte de sua extensão atual”, alertou a declaração do FWS.