Cientistas russos desvendaram o mistérios das crateras registradas na tundra da Sibéria, na Rússia. O estudo foi publicado na revista “Geosciences”.

Conforme pesquisado, o fenômeno acontece devido a poderosas explosões de gás metano jogando gelo e rocha a centenas de metros de distância e deixando “cicatrizes” circulares abertas na paisagem vazia e misteriosa da região, considerada uma das mais inóspitas do planeta.

Até hoje, 17 enormes crateras foram encontradas nas penínsulas de Yamal e Gyda, que avançam no Oceano Ártico, desde que a primeira foi identificada em 2013.

Segundo o EXTRA, pela primeira vez, pesquisadores conseguiram lançar, em agosto do ano passado, um drone nas profundezas de uma cratera, atingindo 10 a 15 metros abaixo do solo, permitindo-lhes capturar a forma da cavidade subterrânea onde o metano se acumulou.

De acordo com a CNN, Evgeny Chuvilin, cientista-chefe de pesquisa no Centro de Recuperação de Hidrocarbonetos do Instituto Skolkovo de Ciência e Tecnologia em Moscou, falou sobre a última cratera encontrada. “A nova cratera está excepcionalmente bem preservada, já que a água da superfície ainda não havia se acumulado na cratera quando a pesquisamos, o que nos permitiu estudar uma cratera fresca, intocada pela degradação”, disse.

As pesquisas com o drone também mostraram grutas e cavernas incomuns na parte inferior da cratera, em grande parte confirmou a hipótese dos cientistas: o gás metano se acumula em uma cavidade no gelo, fazendo com que um monte apareça no nível do solo. O monte cresce em tamanho antes de explodir gelo e outros detritos em uma explosão e deixar para trás a enorme cratera.