ROMA, 9 JAN (ANSA) – Um grupo de cientistas da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, conseguiu criar tecido muscular a partir de células-troncos encontradas na pele e no sangue humano.   

Segundo o estudo publicado nesta terça-feira (9) na revista “Nature Communications”, a nova técnica permitirá o cultivo de mais células, além da investigação de doenças raras, como a distrofia muscular de Duchenne.   

Coordenados por Nenad Bursac, os pesquisadores usaram células-troncos adultas tiradas de tecidos não musculares, como da pele e do sangue. Após a reprogramação das células para voltarem ao seu estado original, elas são bombardeadas com uma molécula, que vai dar instruções para ocorrer a transformação em tecido muscular.   

Depois de duas a três semanas, as células “musculares” se contraem e reagem a estímulos externos, como impulsos elétricos e sinais químicos. No entanto, o músculo criado é mais fraco que o tecido muscular original, mas, de acordo, com os cientistas, eles têm potencial.   

O primeiro teste foi realizado em camundongos adultos. As células sobreviveram e se integraram no tecido muscular dos animais. “A hipótese de estudar doenças raras é especialmente estimulante para nós”, explicou Bursac.   

Em 2015, o mesmo grupo de pesquisa já havia obtido tecido muscular, mas a partir de biópsias musculares e não da pele.   

(ANSA)