LONDRES (Reuters) – A cidade de York, no norte da Inglaterra, retirou nesta quarta-feira do príncipe Andrew, que é o duque de York, a honraria de liberdade da cidade.

Vereadores locais votaram para rescindir a homenagem concedida a Andrew, o segundo filho da rainha Elizabeth, em 1987.

Andrew, que caiu das graças da família real britânica, fez um acordo em um processo em que Virginia Giuffre o acusava de abuso sexual na época em que ela era adolescente, para tentar se poupar de mais constrangimentos.

“A liberdade honorária de nossa grande cidade é oferecida àqueles que representam o melhor de York. Não é apropriado que o príncipe Andrew retenha qualquer conexão com a nossa cidade”, afirmou Darryl Smalley, vereador de York.

Andrew, de 62 anos, não admitiu qualquer irregularidade ao realizar o acordo no processo civil. Ele não é acusado de delitos criminais.

O caso de Giuffre se focou na amizade de Andrew com o financista falecido Jeffrey Epstein, acusado de crimes sexuais que, segundo Giuffre, também teria abusado sexualmente dela. Epstein cometeu suicídio em um presídio de Manhattan em 2019, enquanto esperava julgamento.

Andrew nega acusações de que teria forçado Giuffre, que hoje vive na Austrália, a fazer sexo com ele quando ela tinha 17 anos, mais de duas décadas atrás, na casa da sócia de Epstein Ghislaine Maxwell em Londres, na mansão de Epstein em Manhattan, e na ilha particular de Epstein nas Ilhas Virgens.

Em janeiro, a família real retirou os títulos militares e patronatos reais de Andrew, e disse que ele não seria mais conhecido como “sua alteza real”.

(Reportagem de Andy Bruce)

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