Em meio à descabida agressão militar à Ucrânia, o governo russo, que é o insano agressor, faz o mais que pode para se contrapor aos EUA, como forma de responder às duras críticas que lhe são dirigidos pela Casa Branca. É por isso que a concessão da cidadania russa ao americano Edward Snowden, anunciada na semana passada em Moscou, virou piada. É conhecida a avareza de Putin em dar cidadania a quem quer que seja – ele demora anos e anos. A Snowden foi-lhe fornecida, em sigilo, em menos de vinte e quatro meses. A piada é: “será que Snowden terá de se alistar imediatamente e ir lutar na Ucrânia?”. Em meados de 2020 a embaixada do Equador negou-lhe asilo político, e ele permaneceu, então, quarenta dias no aeroporto de Moscou. Finalmente pode ingressar na Rússia e requisitou a cidadania. O ex-analista de sistemas fugiu dos EUA em 2013 após revelar segredos de uma coleta de dados feita pelo governo, referentes a seus cidadãos e estrangeiros sob a justificativa de aumentar o grau de segurança interna após os atentados terroristas às torres gêmeas do World Trade Center.

CHACOTA Putin: tempo recorde (Crédito:Ilya Pitalev )

Cambridge, teu passado te condena

Entre os principais abolicionistas que propuseram ao mundo idéias claras e definitivas contra a escravatura de negros estão diversos intelectuais britânicos – podem ser destacados, por exemplo, Thomas Clarkson (1760-1846) e William Wilberforce (1759-1833). Foram expoentes da tradicional Universidade de Cambridge, no Reino Unido. A surpreendente novidade que veio à luz na semana passada trata de um estudo realizado ao longo dos últimos três anos, por pesquisadores e alunos da própria universidade, segundo o qual ela teria se beneficiado financeiramente com o regime escravagista e o tráfico de negros. Mais: a mesma pesquisa diz que Cambridge desenvolveu um sistema de bolsa de estudos aparentemente humanitário e humanista, mas que, na verdade, funcionava para impor e propagar idéias preconceituosas e discriminatórias no período entre o século XVII e o início do século XX.

PRECONCEITO Universidade de Cambridge: lucros substanciais com o tráfico de negros? (Crédito:Divulgação)

O furacão Ian e seus trágicos efeitos nos EUA e em Cuba

O Centro Nacional de Furacões dos EUA previu que a chegada do furacão Ian ao estado da Flórida na quarta-feira 28 iria causar “tempestades de proporções catastróficas”. Os meteorologistas estavam certos. Com fortíssimas chuvas e ventos que chegaram a 250Km/h, o fenômeno climático fez com que dois milhões de pessoas ficassem sem energia elétrica, paralisou aeroportos e parques de diversão da Disney, além de danificar a estrutura de prédios. Um pouco antes de atingir os norte-americanos, a tormenta matou ao menos duas pessoas em Cuba. Na capital Havana, cinco edifícios residenciais desabaram e um barco naufragou. Até a quinta-feira, vinte e três tripulantes estavam desaparecidos. A força do furacão Ian chegou à categoria quatro em uma escala que vai até o nível cinco. Agora, o furacão perdeu vigor e se tornou tempestade tropical, mas seus efeitos continuam sendo sentidos.

SALVO Os moradores se organizaram para impedir a morte dos mais frágeis: inundações e queda de energia (Crédito:Orange County Fire Rescue's Public Information Office)
DESTRUIÇÃO Barco invade um conjunto habitacional na Flórida: medo e desolação (Crédito:JOE RAEDLE)
FORÇA O fenômeno climático chegou à categoria quatro em uma escala que vai até 5: o vento alcançou 250Km/h (Crédito:Ricardo ARDUENGO)