Cibercrime vai gerar perdas de US$ 3 trilhões até 2020

Até 2020, US$ 3 trilhões, ou cerca de R$ 9,2 trilhões, serão perdidos para o cibercrime em ataques a pessoas, empresas e governos. A afirmação é do presidente e diretor executivo da Microsoft, Brad Smith, e foi feita durante a abertura da RSA Conference 2017, uma das maiores feiras de segurança digital do mundo, que acontece entre os dias 13 e 17 de fevereiro em São Francisco, nos Estados Unidos.

Smith propôs a criação de uma “Convenção de Genebra Digital” nos moldes da que rege o funcionamento da Agência Internacional de Energia Atômica para fazer frente ao desafio da segurança no mundo digital. “A guerra virtual é travada todos os dias em todos os dispositivos”, afirmou Smith. “Precisamos proteger a população desses ataques e o único caminho é nos unirmos”.

Smith elencou seis máximas que, na avaliação dele, devem guiar o funcionamento da agência que regularia as atividades tanto de empresas quanto de governos na arena digital. Entre elas está a de que seus signatários devem evitar produzir armas cibernéticas. No caso de governos, quando a produção dessas armas for inevitável, ela deve ser criteriosa a ponto de impedir sua reutilização indiscriminada. Ainda no que diz respeito ao comportamento de governos, operações virtuais de ataque devem ser duramente limitadas e todas as armas descobertas em campo, reportadas, e não armazenados.

“O que vemos hoje no ciberespaço certamente não é o que os criadores da internet imaginavam”, diz Smith. “E nós, que trabalhamos com segurança na Web, estamos na linha de frente no combate pela proteção da rede”. Por meio da união entre governos e empresas do mercado de segurança digital, a esperança é dar uma resposta à altura da multiplicação das ameaças virtuais.

O jornalista viajou a convite da RSA.