MINGORA, 27 AGO (ANSA) – As autoridades do Paquistão informaram neste sábado (27) que no último período de 24 horas foram registradas mais 45 mortes em decorrência das fortes chuvas que atingem a nação desde o início de junho, elevando o número total de vítimas para 982.
Com quase mil mortos por conta das monções, que geralmente vão de junho a setembro, milhares de pessoas que vivem perto de rios no norte do Paquistão receberam ordens para abandonar suas casas, à medida que a quantidade provisória de vítimas cresce cada vez mais.
A maioria das mortes foi relatada em Khyber Pakhtunkhwa, seguido por Sindh e Baluchistão, de acordo com a Autoridade Nacional de Gerenciamento de Desastres do Paquistão (NDMA).
Em Khyber Pakhtunkhwa, muitos rios romperam suas margens, demolindo dezenas de edifícios, incluindo um hotel de 150 quartos, que desmoronou por causa da força da água.
Com metade do país debaixo d’água, o governo decretou estado de emergência nacional para lidar com os problemas e anunciou uma implantação completa do exército em todas as quatro províncias e na região norte de Gilgit-Baltistão para apoiar a administração civil.
De acordo com autoridades locais, as inundações das monções deste ano afetaram mais de 33 milhões de pessoas – um em cada sete paquistaneses – destruindo ou danificando severamente quase 1 milhão de casas.
Além disso, especialistas apontam que as chuvas fortes deste ano são comparáveis às de 2010 – as piores já registradas – quando mais de 2 mil pessoas morreram e quase um quinto do país permaneceu debaixo d’água. (ANSA)