Subiu para 28 o número de mortos das chuvas fortes que atingiram a Baixada Santista. Os bombeiros trabalham nas buscas por desaparecidos em Santos, São Vicente e no Guarujá. Quarenta e duas pessoas estão desaparecidas. A informação foi atualizada à tarde pelos bombeiros.

A cidade mais atingida foi o Guarujá, que tem até agora 23 mortos e 36 desaparecidos. Em Santos, foram três mortes confirmadas e há cinco desaparecidos. Em São Vicente, foram registradas duas mortes e uma pessoa ainda não foi localizada.

Guarujá, Santos, São Vicente e Peruíbe têm, ao todo, 483 desabrigados.

Nesta quinta-feira, 5, o Ministério do Desenvolvimento Regional reconheceu estado de calamidade pública no Guarujá e situação de emergência em Santos e em São Vicente. Com isso, de acordo com o governo, as cidades poderão ter acesso a recursos federais para ações de socorro, assistência e restabelecimento de serviços essenciais à população. A medida foi publicada no Diário Oficial da União.

O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou na tarde desta quinta-feira, no Guarujá, durante coletiva de imprensa, o repasse de R$ 50 milhões para o atendimento das cidades da Baixada Santista atingidas pelas chuvas.

Doria também afirmou que o governo deve repassar às famílias o valor de R$ 1.000 para reparação imediata dos danos sofridos. Além disso, cada família desabrigada receberá o aluguel social no valor de R$ 500 (R$300 pagos pelo governo estadual e R$ 200 pelo Município) durante 12 meses.

Dados do Núcleo de Gerenciamento de Emergência da Defesa Civil do Estado indicam que, até as 4h da manhã de terça, 3, o acumulado nas últimas 12 horas de chuvas no Guarujá foi de 282 mm, em Santos de 218 mm, em Praia Grande 170 mm, São Vicente 169 mm, Mongaguá 160 mm, Cubatão 132 mm e tanto Itanhaém como Bertioga o acumulado foi de 110 mm.

Na quarta-feira, também choveu na região, mas em volume menor. Nesta quinta-feira, a previsão na região é de céu nublado com possibilidade de chuva fraca e isolada ao longo do dia. De acordo com a Defesa Civil, o volume previsto não é significativo, inferior a 10 mm. No entanto, devido ao solo estar bastante encharcado e o acumulado de chuvas em 72h estar muito elevado, o alerta para risco de deslizamentos permanece.

Apenas no verão deste ano, o total de mortes por chuvas no Sudeste – São Paulo, Rio, Minas e Espírito Santo – já chegou a pelo menos 143 – 70% a mais do que no verão passado, quando houve 82 vítimas. Dados da Defesa Civil compilados pelo jornal O Estado de S. Paulo também apontam que a região já conta com mais de 87 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas.