Chuvas dificultam limpeza no Sri Lanka após inundações que atingiram vários países da Ásia

Fortes chuvas atingiram o Sri Lanka nesta sexta-feira (5) e dificultaram as operações de limpeza após as inundações devastadoras que deixaram quase 1.600 mortos em vários países da Ásia, informaram as autoridades.

Uma temporada intensa de monções, somada a dois ciclones tropicais incomuns, provocou chuvas intensas desde a semana passada em áreas remotas da Indonésia e do Sri Lanka, além do sul da Tailândia e do norte da Malásia.

As autoridades do Sri Lanka informaram que foram registrados até 132 milímetros de chuva no sul do país durante um período de 15 horas, que terminou na noite de quinta-feira.

O Centro de Gestão de Desastres (DMC) confirmou as mortes de 486 pessoas e informou que 341 continuam desaparecidas após a passagem do ciclone Ditwah.

O número de pessoas nos centros de deslocados administrados pelo Estado caiu para 170.000, depois de atingir a marca de 225.000, após o recuo das águas na capital Colombo e suas imediações.

As chuvas provocaram inundações e deslizamentos de terra fatais, que o governo classificou como o pior desastre natural da história do país. As autoridades calculam que a reconstrução pode custar até 7 bilhões de dólares.

Outros fenômenos meteorológicos provocaram pelo menos 837 mortes na Indonésia, 276 na Tailândia, duas na Malásia e duas no Vietnã.

Na ilha indonésia de Sumatra, a mais afetada do país, os sobreviventes tentam reconstruir suas vidas, enquanto as autoridades ainda procuram 545 pessoas desaparecidas e as previsões indicam mais chuvas nos próximos dias.

Quase 500.000 habitantes continuam em abrigos temporários. Imóveis, rodovias e tubulações sofreram danos graves.

“O estado de nossa casa era inimaginável (…) Estava coberta de terra até o teto. Ao redor, pilhas de madeira”, contou Rumita Laurasibuea, 42 anos.

As chuvas intensas provocaram duas mortes no Vietnã e deslizamentos de terra, informou a imprensa nesta sexta-feira.

As autoridades classificaram 2025 como o ano “mais incomum” em termos de desastres naturais na história do país.

Os cientistas afirmam que as mudanças climáticas provocam episódios de chuvas mais intensas, porque uma atmosfera mais quente retém mais umidade e as temperaturas mais elevadas dos oceanos podem amplificar as tempestades.

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