São Paulo, 7/6 – O diretor Financeiro e de Relações com Investidores do Grupo São Martinho, Felipe Vicchiato, afirmou nesta terça-feira, 7, em teleconferência com analistas e investidores, que as fortes chuvas registradas no Centro-Sul do Brasil “não tiveram praticamente nenhum impacto” para a moagem da empresa no atual ciclo 2016/17. “Se olharmos hoje, estamos até acima do que estávamos esperando (em termos de processamento).” De acordo com o executivo, como o mês de abril foi muito seco, a companhia conseguiu avançar nos trabalhos de campo. Antes das precipitações observadas na virada de maio para junho, a empresa estava com a moagem entre 30% e 35% acima do previsto, afirmou. “Mas as precipitações vieram num bom momento, o canavial precisava desse volume de chuvas (após a estiagem de abril)”, destacou. A empresa tem quatro usinas: São Martinho, em Pradópolis (SP); Iracema, em Iracemápolis (SP); Santa Cruz, em Américo Brasiliense (SP) e Boa Vista, em Quirinópolis (GO), esta última uma joint venture com a Petrobras Biocombustível. Juntas, essas unidades têm capacidade para processar até 22 milhões de toneladas de cana por safra. – Vicchiato acrescentou que, por ora, a companhia ainda não fixou nenhum preço do açúcar a ser vendido na safra 2017/18, uma vez que autorização dada pelo conselho para essa operação foi dada somente ontem. “Na data de hoje não fixei nada, mas o preço está em R$ 1.500 a R$ 1.600 por tonelada”, informou. Para a safra 2016/17, já são 767,06 mil toneladas de açúcar com hedge, volume este equivalente a 54% da exposição. A posição refere-se a 31 de março. O preço médio alcançado nessa fixação é de 14,42 centavos de dólar por libra-peso.