A China vai eliminar os limites à participação do capital estrangeiro no setor financeiro em 2020, um ano antes do programado anteriormente, para demonstrar a intenção de Pequim de abrir seus mercados, disse o premiê Li Keqiang em discurso nesta terça-feira, 2.

No ano passado, a China permitiu que estrangeiros se tornassem majoritários em negócios ligados a valores mobiliários, transações futuras e seguros de vida e informou que retiraria as restrições ao investimento externo nessas áreas em 2021.

Li afirmou nesta terça, durante encontro do Fórum Econômico Mundial que está sendo realizado na cidade chinesa de Dalian, que o país vai tratar estatais, empresas privadas e conglomerados estrangeiros igualmente e que vai deixar as forças de mercado atuar, enquanto o governo exercerá o papel de guia.

A economia chinesa, ainda segundo Li, enfrenta renovadas pressões de baixa, por causa das incertezas globais e da desaceleração dos investimentos domésticos. O premiê garantiu, contudo, que Pequim não vai repetir os agressivos movimentos de estímulo ao crescimento do passado.

Li afirmou também que a China não vai desvalorizar o yuan para tornar seus produtos mais competitivos no mercado global, em meio à intensificação das tensões globais. Mas o governo, ainda segundo o premiê, vai reduzir os depósitos compulsórios dos bancos para encorajar empréstimos a pequenos e médios negócios. Fonte: Dow Jones Newswires.