O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) disse em sua reunião de política monetária trimestral que trabalhará para estabilizar as expectativas de mercado e mitigar riscos financeiros, num momento em que a segunda maior economia do mundo encara pressão crescente.

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, a instituição afirmou que reforçará ajustes contracíclicos e tornará a política monetária mais flexível, em meio a mudanças nos mercados financeiros domésticos e internacionais.

O PBoC informou que manterá a liquidez razoavelmente ampla e que o crescimento do crédito no ano que vem será razoável. O setor financeiro chinês, garantiu, será aberto ainda mais em 2019.

Planejam-se usar múltiplas ferramentas de política monetária para manter o yuan em um nível estável, disse o PBoC, encontrando um equilíbrio entre taxas de juros, taxas de câmbio e balanço de pagamentos internacionais.

Pequim opera com taxas de juros mais baixas para estimular o crescimento econômico, ao passo que o seu superávit em conta corrente vem decaindo. Os dois fatores puseram pressão sobre a taxa de câmbio do yuan, que o banco central chinês tentou firmar acima do atual nível nos últimos anos. O PBoC se preocupa que uma depreciação aguda do yuan possa desencadear uma nova rodada de fluxos de saída de capital.