A China anunciou neste domingo (7) sanções contra cinco empresas de defesa dos Estados Unidos, em resposta ao seu envolvimento na venda de armas a Taiwan, uma ilha que Pequim reivindica como parte do seu território.

A China prometeu um dia retomar Taiwan, inclusive à força, enquanto o Congresso dos EUA exige o fornecimento de armas a essa democracia autônoma para a sua defesa.

No mês passado, o Departamento de Estado dos EUA aprovou um pacote de armas de 300 milhões de dólares (1,4 bilhão de reais na cotação atual) para reforçar o sistema conjunto de comando e controle de combate de Taipei, o que levou Pequim a dizer que tomaria “contramedidas” não especificadas contra as empresas envolvidas.

O Ministério das Relações Exteriores da China identificou neste domingo essas empresas como BAE Systems Land and Armament, Alliant Techsystems Operation, AeroVironment, ViaSat e Data Link Solutions.

“As contramedidas consistem em congelar as propriedades destas empresas na China, incluindo os seus bens móveis e imóveis, e proibir organizações e indivíduos na China de transações e cooperação com elas”, explicou o ministério.

“As vendas de armas dos EUA à região chinesa de Taiwan prejudicam gravemente a soberania e os interesses de segurança da China”, acrescentou o ministério.

Pequim aumentou a pressão sobre Taiwan desde que a presidente pró-independência, Tsai Ing-wen, assumiu o poder em 2016.

A China envia regularmente aviões de guerra e navios para perto da ilha.

Tanto Washington como Taipei alertaram Pequim para não tentar influenciar as eleições presidenciais que ocorrem este mês em Taiwan.

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