A China afirmou nesta quarta-feira que não aceitará “críticas ou pressões” por suas relações com a Rússia, depois que o governo dos Estados Unidos alertou que responsabilizará Pequim caso Moscou registre avanços na Ucrânia.

“China e Rússia têm o direito de manter uma cooperação normal, econômica e comercial”, disse a porta-voz da diplomacia, Mao Ning.

“Neste tipo de cooperação, não deveria haver interferencias (…) A China também não aceitará críticas ou pressões”, acrescentou.

O governo dos Estados Unidos ameaçou em várias ocasiões adotar sanções se a China aprovar medidas mais substanciais para apoiar a Rússia.

O subsecretário de Estado americano, Kurt Campbell, afirmou na terça-feira que os avanços territoriais da Rússia na Ucrânia poderiam “alterar o equilíbrio de poder na Europa de maneiras que são, francamente, inaceitáveis”.

“Falamos diretamente à China que, se isto continuar, terá um impacto na relação entre Estados Unidos e China. Não vamos ficar sentados e afirmar que está tudo bem”, disse Campbell.

Pequim pede o respeito à integridade territorial de todos os Estados, incluindo a Ucrânia, mas nunca condenou publicamente Moscou por sua operação militar.

Nesta quarta-feira, a porta-voz da diplomacia disse que a China “sempre desempenhou um papel construtivo” na busca de uma solução para a guerra na Ucrânia.

“Se um país está realmente preocupado com a paz na Ucrânia e espera um fim rápido da crise, deve primeiro refletir sobre as causas profundas da crise, disse Mao Ning.

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