A China tem a expectativa de que os Estados Unidos revertam algumas das tarifas impostas sobre seus produtos, como parte do acordo comercial que as duas maiores potências econômicas seguem negociando. Nesta segunda-feira, 2, um jornal oficial chinês reiterou o desejo de Pequim de que a gestão de Donald Trump atue de maneira “flexível” e “razoável”.

O jornal Global Times, do Partido Comunista da China, publicou diversos textos que enfatizam que não haverá acordo sem uma promessa, por parte de Washington, de retirada das tarifas.

Autoridades chinesas disseram à publicação que o país irá comprar produtos agrícolas americanos, em um montante “substancial”. Os mesmos artigos dizem, no entanto, que o governo chinês não pode prometer “um número específico no acordo porque as quantidades seriam baseadas em demandas de mercado”.

As declarações surgem em meio às negociações da Fase 1 do acordo que pretende resolver o conflito comercial entre as duas potências, que já dura 18 meses.

“Reverter tarifas é primordial. A guerra comercial China-EUA (foi) instigada pelos EUA com tarifas, então as tarifas devem ser cortadas primeiro”, disse Wi Jianguo, um ex-ministro do Comércio chinês, segundo o jornal.

A publicação também afirma que a China está encaminhando soluções para questões como a proteção da propriedade intelectual, a regulação de investimentos estrangeiros e a abertura do mercado financeiro, independentemente das negociações comerciais.

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Autoridades chinesas disseram mais cedo que os Estados Unidos concordaram em reverter as tarifas gradualmente, enquanto outros temas fossem evoluindo na mesa de negociações. Os americanos, no entanto, não confirmaram a informação.

Na semana passada, os dois lados disseram que a disputa estava próxima do fim.


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