PEQUIM, 30 DEZ (ANSA) – A China deu início ao segundo dia de exercícios com munição real ao redor de Taiwan na manhã desta terça-feira (30), disparando mísseis no Estreito local. Segundo Pequim, o objetivo é simular um bloqueio dos principais portos da ilha autônoma, além de ataques a alvos marítimos.
A missão, com o codinome “Missão Justiça 2025”, começou na segunda (29) e foi definida por Taipei como uma “intimidação militar”.
De acordo com o Exército de Libertação Popular da China (ELP) “os exercícios de tiro real de longo alcance nas águas ao norte de Taiwan alcançaram os efeitos desejados”.
Autoridades da ilha relataram a identificação de 130 aeronaves e 22 navios militares chineses próximos ao seu território em apenas 24 horas.
Hoje, o presidente taiwanês, Lai Ching-te, garantiu que Taipei não “agravará o conflito”, enquanto Pequim iniciava o segundo dia de exercícios com munição real ao redor da ilha.
“Agiremos com responsabilidade, sem agravar a situação ou provocar controvérsias”, disse Lai no Facebook.
A tensão na Ásia tem crescido nas últimas semanas desde que a primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, declarou apoio a Taiwan “em caso de uma emergência contra a China”, que não reconhece a ilha como independente e reivindica seu território.
Ao mesmo tempo, os Estados Unidos realizaram uma série de vendas maciças de armas para Taipei.
Ontem, Pequim alertou que “forças externas” em apoio a Taipei “empurrariam o Estreito de Taiwan para uma situação perigosa de guerra iminente”, mas sem citar nenhum país diretamente.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, também destacou que qualquer tentativa de impedir a unificação da China com Taiwan está “fadada ao fracasso”.
(ANSA).