A China defendeu nesta sexta-feira (13) aumentar a cooperação com os países sócios do grupo dos emergentes Brics para fortalecer outros laços em um contexto de crescentes atritos econômicos e comerciais com os Estados Unidos.

O gigante asiático reforçará a coordenação das políticas macroeconômicas com os países do Brics (acrônimo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em resposta aos “desafios que representam as mudanças nas políticas de alguns países desenvolvidos”, afirmou o vice-ministro chinês das Relações Exteriores, Zhang Jun, especialmente em relação aos Estados Unidos.

Esta semana, o governo dos Estados Unidos deu um novo passo em sua guerra comercial com a China, ao anunciar que está estabelecendo uma lista no valor de 200 bilhões de dólares em produtos chineses, aos quais imporá tarifas suplementares.

Enquanto os Estados Unidos “não respeitarem as normas do Direito Internacional”, os países do Brics compartilham uma clara posição sobre os mercados globais, afirmou Zhang, refletindo a posição oficial da China de se tornar guardião do livre-comércio.

“Todos apoiamos firmemente o multilateralismo e o regime multilateral de comércio”, acrescentou.

Todos os membros do Brics “se opõem ao unilateralismo e ao protecionismo comercial”, frisou.