China promete resposta firme à ofensiva comercial dos Estados Unidos

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, prometeu nesta sexta-feira (7) uma resposta firme à ofensiva comercial dos Estados Unidos, que impôs tarifas adicionais a todos os produtos importados do país asiático.

Em uma entrevista coletiva durante a sessão plenária anual da Assembleia Popular Nacional, o ministro acusou o governo dos Estados Unidos de impor tarifas “sem motivo” e fez um alesta sobre m mundo governado pela “lei da selva”, caso cada país persiga apenas seus próprios interesses.

“Há quase 190 países no mundo (…) Imagine se cada país enfatizasse suas próprias prioridades e acreditasse na força e status, o mundo voltaria à lei da selva”, afirmou Wang.

Segundo ele, a atual política comercial americana “não é como um grande país responsável deve se comportar”.

“Os vínculos econômicos e comerciais entre a China e os Estados Unidos são mútuos”, lembrou. “Se você escolhe a cooperação, pode levar a um benefício recíproco; mas se a pressão continuar, a China responderá de maneira firme”, acrescentou o veterano político.

O chefe da diplomacia chinesa também descartou que a aparente aproximação da administração de Donald Trump com a Rússia afete as boas relações entre Pequim e Moscou.

Wang definiu a aliança entre Moscou e Pequim como “uma constante em um mundo turbulento, que não mudará devido a eventos temporários, nem será abalada pela interferência de outras partes”.

O ministro, no entanto, pareceu apoiar as ações de Trump para acabar com o conflito na Ucrânia, recebidas com receio por Kiev e seus aliados europeus porque temem uma paz favorável aos interesses russos.

“A China saúda e apoia todos os esforços dedicados à paz”, disse Wang, argumentando que “o conflito não tem vencedores e a paz não tem perdedores”.

Ele também pediu a todas as partes que busquem “um cessar-fogo total e duradouro em Gaza e o aumento da ajuda humanitária”.

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