A China concluiu nesta quinta-feira (12) uma importante reunião econômica anual, prometendo se abrir “de maneira mais ampla” aos investimentos estrangeiros e de conduzir uma política monetária “prudente” em 2020.

A conferência econômica do Partido Comunista e do governo, realizada durante três dias em Pequim, foi uma oportunidade para revisar as políticas anteriores e considerar as próximas a serem adotadas.

Liderada pelo presidente Xi Jinping, a reunião deu origem a um longo relatório final publicado pela agência de notícias oficial Xinhua, que lista as “principais tarefas” a serem executadas pelas autoridades no próximo ano.

“A abertura para o exterior deve ser buscada, de uma maneira mais ampla, em termos de domínios, e de forma mais profunda”, disseram os participantes, que pediram uma “redução do nível global de tarifas”.

Essas promessas são repetidas quase todos os anos ao final da conferência econômica.

Mas, este ano, intervêm num momento em que chineses e americanos negociam um acordo preliminar para encerrar sua guerra comercial, que se traduz na imposição mútua de tarifas adicionais sobre centenas de bilhões de dólares no comércio bilateral anual.

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Neste domingo, 15 de dezembro, uma nova bateria de tarifas entrará em vigor nos Estados Unidos contra produtos chineses que até o momento não haviam sido afetados, como os do setor de eletrônicos e de roupas esportivas.

O presidente americano, Donald Trump, pede regularmente a Pequim que abra mais seu mercado, assim como as Câmaras de Comércio da União Europeia e dos Estados Unidos na China, cujos membros reclamam das restrições impostas pelo governo chinês.

Sinal da direção a ser tomada: a conferência econômica prometeu nesta quinta-feira “continuar sua redução da lista negativa”, que lista os setores aos quais as empresas estrangeiras não podem acessar livremente.

Até o final de julho, a lista já havia diminuído, passando de 40 áreas de negócios, em comparação com as 48 anteriormente, segundo o governo.

A meta oficial de crescimento econômico para 2020 não foi anunciada nesta quinta-feira. Deve ser, como todos os anos, na sessão anual do Parlamento, a ser realizada no início de março.

O ritmo de crescimento do PIB da China caiu para + 6% ano a ano no terceiro trimestre, seu nível mais baixo em 27 anos.

A China não anunciou nesta quinta um pacote de estímulo, mas prometeu que continuará no próximo ano “a implementar uma política fiscal dinâmica e uma política monetária prudente”, segundo o relatório final.


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