19/11/2018 - 9:26
A China, que bloqueia a importação de alguns resíduos desde janeiro, aumentará a lista dos produtos proibidos a partir de 31 de dezembro, o que pode agravar o acúmulo de materiais para reciclagem nos países ricos.
Um documento oficial citado nesta segunda-feira pela agência estatal Xinhua afirma que a partir do próximo ano serão proibidos 32 tipos de resíduos sólidos, de dejetos de aço inoxidável a madeira, peças de automóveis e navios.
O documento foi redigido pelos ministérios do Meio Ambiente e do Comércio, além da Comissão Nacional para a Reforma e o Desenvolvimento e pela Alfândega.
Em abril, o ministério do Meio Ambiente anunciou que as próximas proibições aconteceriam em duas fases: até 31 de dezembro para 16 categorias de produtos e até o fim de 2019 para as outras 16.
Em janeiro, Pequim fechou a porta para 24 categorias de resíduos sólidos, incluindo alguns plásticos, papéis e têxteis, o que foi lamentado por algumas indústrias da reciclagem nos Estados Unidos e Europa, que se viram obrigadas a armazenar resíduos à espera de uma solução.
As importações caíram nos 10 primeiros meses do ano, enquanto a China, ávida por matérias-primas, absorvia os resíduos ocidentais há décadas.
Entre janeiro e outubro foram importadas 17,27 bilhões de toneladas de resíduos plásticos, papéis e metais, 51,5% a menos que na comparação com os 10 primeiros meses de 2017, de acordo com números do governo citados pela agência Xinhua.