Especialistas independentes que avaliam as metas climáticas da China consideram que o país alcançará seu máximo de emissões de gases do efeito estufa até 2030, e não ao final de 2025, como havia sido antecipado, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira (6, data local).
A pesquisa de quase 70 especialistas indicou forte queda na confiança desde o ano passado, quando cerca de metade considerou que as emissões chinesas de dióxido de carbono (CO2) já tinham alcançado seu topo ou o fariam em 2025.
Em contraste, a maioria disse este ano que a China seguiria aumentando suas emissões até sua meta oficial de 2030, mas a maior parte apontou 2028 como o ano em que alcançaria o ápice e começaria a diminuir.
A mudança de opinião acontece depois que a China emitiu este ano suas primeiras metas numéricas de redução de emissões, com o compromisso de cortá-las entre 7% e 10% em uma década.
No entanto, não estabeleceu um ano-base a partir do qual faria esses cortes, o que gerou incerteza sobre quando alcançaria o topo.
Como maior emissor mundial de gases causadores do aquecimento global, as metas climáticas chinesas são analisadas de perto pela comunidade científica.
A pesquisa do Centre for Research on Energy and Clear Air e da International Society for Energy Transition Studies tem sido realizada nos últimos quatro anos.
A China apresentou este ano suas diretrizes climáticas oficiais com novas metas para 2035, incluindo cortes de emissões.
A maioria dos analistas acredita que o compromisso de 7% a 10% de reduções em uma década é pouco ambicioso, e mais da metade considerou que a China poderá antecipar essa meta.
A análise é divulgada antes da cúpula climática COP30 que será realizada no Brasil.
sah/mtp/mas/db/rpr