O diretor do Escritório da Comissão Central para Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse nesta quinta-feira (29) que uma nova lei sobre as relações diplomáticas vai ajudar a contrabalançar o “assédio” do exterior, após a aprovação de uma normativa de contrapeso às sanções.

O governo dos Estados Unidos impôs sanções a uma longa lista de empresas e cidadãos chineses, acusando-os de serem cúmplices em violações dos direitos humanos. Pequim nega e rejeita as acusações.

As sanções, especialmente as que restringem o acesso a tecnologias cruciais como os semicondutores, prejudicaram as empresas chinesas, forçando-as a cortar mão de obra e congelar seus planos de expansão.

A lei aprovada na quarta-feira traça os princípios e as posições da diplomacia chinesa e entrará em vigor em julho.

A lei “mostra claramente nossa oposição à hegemonia, à política de poder (…) e à intimidação”, escreveu o diplomata chinês Wang Yi, em um artigo publicado na imprensa estatal nesta quinta-feira.

Também “dá à China uma base legal para exercer poderes legítimos contra sanções e ingerências”, acrescentou.

As tensões entre China e Estados Unidos aumentaram nos últimos anos. Tanto o atual presidente, o democrata Joe Biden, quanto seu antecessor republicano Donald Trump classificaram Pequim como a maior ameaça de longo prazo à supremacia dos EUA.

Biden deu continuidade à política de Trump de estabelecer sanções contra entidades chinesas acusadas de cometer abusos. A China considera essa estratégia ilegítima e respondeu com restrições a empresas e políticos americanos.

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