A China negou nesta terça-feira (5) as acusações da Noruega contra a companhia de telecomunicações Huawei por suposta espionagem e as qualificou de “ridículas”.

Em seu relatório anual, o serviço de Inteligência interior norueguês (PST) denunciou na segunda-feira tentativas de espionagem por parte de países como Rússia e China.

A diretora do serviço, Benedicte Bjørnland, disse em coletiva de imprensa que havia “uma distância muito pequena entre um ator comercial como a Huawei e o regime chinês”.

“Um ator como a Huawei será vulnerável às influências de seu país de origem, enquanto a China continua tendo uma lei sobre informação que obriga pessoas, entidades e empresas privadas a cooperar”, acrescentou.

Contudo, a embaixada chinesa na Noruega negou essas acusações em seu site.

“A China não representa nenhuma ameaça para a segurança da Noruega”, indicou a embaixada. “É ridículo para o serviço de Inteligência de um país fazer avaliações de segurança e atacar a China com uma linguagem puramente hipotética”.

No que concerne a Huawei, a embaixada destacou que a China “se opõe e combate sistematicamente todas as formas de ciberespionagem e de ataques”.

“As leis e regulamentações chinesas não são um mandato a uma instituição, seja qual for, para obrigar as empresas a colocar em práticas as ‘backdoors'”, que servem para ter acesso a um sistema de informática com fins de espionagem, acrescentou e embaixada.

Alegando razões de segurança, vários países, entre eles os Estados Unidos, proibiram a instalação de equipamento Huawei em seu território para usar o sistema de Internet móvel 5G.

A Noruega está estudando uma regulamentação a fim de reduzir a sua vulnerabilidade no uso da tecnologia 5G. Os dois principais grupos de telecomunicações do país, Telenor e Telia, usaram material da Huawei para sua rede 4G.