BEIJING, 7 ABR (ANSA) – O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, afirmou nesta quarta-feira (7) que a comunidade internacional “não vai aceitar” um possível boicote dos Estados Unidos aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, que acontecerá em Pequim.   

A declaração de Lijian é uma resposta aos norte-americanos, que revelaram estar estudando boicotar o evento esportivo por conta das supostas violações dos direitos humanos da minoria uigur em Xinjiang.   

Lijian comentou que os chineses estão trabalhando para organizar uma Olimpíada “extraordinária e excepcional”. Além disso, o porta-voz argumentou que a “politização do esporte é contrária ao espírito olímpico”.   

“A comunidade internacional não vai aceitar. Estamos confiantes em trabalhar para fazer dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 um evento extraordinário e excepcional. A politização do esporte é contrária ao espírito olímpico e prejudica os interesses de atletas de todos os países e da causa olímpica internacional”, afirmou Lijian em uma coletiva de imprensa.   

O porta-voz chinês disse que o chamado “genocídio” em Xinjiang “é uma verdadeira mentira do século”.   

“Se os Estados Unidos insistirem em fechar os olhos para a verdade e deliberadamente atacar a China com mentiras, não apenas a credibilidade e os interesses dos próprios norte-americanos serão prejudicados, mas também encontrarão firme oposição de todo o povo chinês”, comentou Lijian.   

A presidente do Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC), Susanne Lyons, já reiterou sua oposição ao possível boicote aos Jogos de Inverno.   

“Seria uma decisão que afetaria os atletas sem realmente resolver nenhum problema global”, disse Lyons em uma coletiva.   

Já um porta-voz do governo alemão informou que o país está conversando com os norte-americanos sobre o tema.   

Os Jogos de Pequim estão programados para os dias 4 a 20 de fevereiro de 2022. (ANSA).