A China anunciou nesta quarta-feira (10) que está investigando práticas comerciais da União Europeia (UE) consideradas desleais, após uma série de procedimentos lançados por Bruxelas contra empresas chinesas suspeitas de alterar a concorrência.

“O Ministério do Comércio está investigando as práticas da União Europeia em relação às barreiras ao comércio e ao investimento para as empresas chinesas”, afirmou este ministério em comunicado nesta quarta-feira.

A decisão foi motivada por uma denúncia da Câmara do Comércio do país, na qual fez referência a “produtos como locomotivas, energia fotovoltaica, energia eólica” – setores que Bruxelas tem interesse – ressalta o Ministério do Comércio.

Esta medida surge em meio a um contexto de tensões entre a China e a UE, depois que a Comissão Europeia iniciou uma série de procedimentos contra o país asiático nos últimos meses.

O mais relevante deles sobre os veículos elétricos chineses vendidos no continente europeu, cujos preços são considerados por Bruxelas como artificialmente baixos devido aos subsídios estatais, o que distorce o mercado e prejudica a competitividade de seus fabricantes.

A UE então impôs tarifas adicionais de até 38% sobre as importações de carros elétricos chineses no início deste mês, uma decisão que poderá se tornar definitiva em novembro.

Pequim alertou que tomaria “todas as medidas necessárias” para responder a cada procedimento do bloco.

A investigação sobre os subsídios da UE terminará em 10 de janeiro de 2025, mas pode durar até três meses.

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