A China inaugurou, nesta segunda-feira (5), sua embaixada em Honduras, após o estabelecimento de relações diplomáticas em março passado, ao mesmo tempo em que se anunciou que a presidente hondurenha, Xiomara Castro, viajará a Pequim nesta terça.

A cerimônia de inauguração ocorreu no salão de um hotel de Tegucigalpa porque Pequim ainda não definiu o edifício onde funcionará sua missão diplomática. Honduras também ainda não decidiu onde ficará sua embaixada em Pequim.

A missão diplomática chinesa em Tegucigalpa funcionará por enquanto com um encarregado de negócios interino, Yu Bo, que liderou a cerimônia de abertura formal da embaixada.

“A embaixada da China em Honduras fará todo o possível para cumprir as responsabilidade de ser a janela, a plataforma, que abre as relações entre os dois países”, expressou Yu em um discurso.

Honduras já nomeou o seu embaixador e recebeu o beneplácito. É o reconhecido cientista Salvador Moncada, que viveu durante muitos anos em Londres dedicado à pesquisa em laboratórios médicos sobre tratamentos cardíacos.

Participaram da cerimônia de abertura o chanceler hondurenho, Enrique Reina, e diplomatas de vários países.

O chanceler Reina anunciou em entrevista a jornalistas que “a presidente vai no dia de amanhã” para a China na primeira visita oficial, entre 9 e 13 de junho.

“Será assinado um conjunto de memorandos, de documentos, de acordos marcos e, naturalmente, a visita de mais alto nível, que será o encontro entre a presidente Castro e o presidente Xi Jinping”, acrescentou.

Reina destacou que a China já abriu as portas para a exportação de melões, camarões, banana e outros produtos hondurenhos, antes do início das negociações de um tratado de livre comércio, em data ainda não definida.

China e Honduras estabeleceram relações diplomáticos em 26 de março, logo depois de Tegucigalpa ter rompido com Taiwan.

Sob o princípio de “Uma só China”, Pequim não permite que nenhum país com quem tem relações diplomáticas as mantenha também com Taipé.

Honduras é quinto país centro-americano a romper vínculos com Taipei para se unir a Pequim desde 2007. Na América Central, Guatemala e Belize têm laços com a ilha. Agora, somente 13 países reconhecem Taiwan.

A China considera a ilha de governo democrático e autônomo uma província rebelde que faz parte do seu território. E espera recuperá-la um dia, não descartando, inclusive, o uso de força militar.

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