As autoridades chinesas ordenaram que seus funcionários reduzam a quantidade de reuniões e a duração de seus discursos, com o objetivo de evitar “formalidades desnecessárias”, reportou, nesta quarta-feira (6), um meio de comunicação estatal.
Entre as novas medidas também está a limitação dos documentos oficiais a um máximo de 5 mil palavras, segundo uma circular emitida conjuntamente pelo Comitê Central do Partido Comunista Chinês (PCCh) e o Conselho de Estado, publicada pela agência oficial de notícias Xinhua.
Esta diretiva busca “liberar os funcionários de base da burocracia e do excesso de formalismos”, informa a agência.
Segundo o comunicado do governo, estas ações permitirão “reduzir a carga” sobre os funcionários estatais para que possam “se dedicar mais plenamente à execução de suas funções”.
Todas as províncias são obrigadas a aplicar a diretriz, que consiste em 21 pontos.
Este novo pacote de medidas segue à atualização, em maio, das regras adotadas em 2013, destinadas a combater os gastos excessivos e práticas desnecessárias dentro do governo, como a proibição de servir álcool em refeições oficiais e as restrições em viagens de trabalho.
O presidente Xi Jinping lidera há mais de uma década uma campanha constante contra a corrupção entre os altos cargos do Estado.
No último ano, centenas de milhares de funcionários sofreram sanções disciplinares, segundo o principal organismo anticorrupção do país.
Alguns até foram executados por “graves violações da lei”, eufemismo comumente usado para se referir a casos de corrupção.
Embora os defensores desta campanha afirmem que ela promove uma governança limpa, os críticos a veem como uma ferramenta política utilizada por Xi Jinping para eliminar seus rivais dentro do partido.
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