A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China está trabalhando para adotar medidas que fortaleçam o ajuste entre oferta e demanda de energia no país, disse nesta quinta-feira o porta-voz do órgão a repórteres. Segundo ele, o objetivo é garantir o fornecimento estável de energia neste inverno e na próxima primavera local, além de assegurar o uso de energia a residentes.

De acordo com o porta-voz, as medidas serão adotadas em seis frentes distintas. Dentre elas, aumentar os recursos de fornecimento de energia por meio de vários canais, promover cobertura de contratos de médio e longo prazo para assegurar carvão para geração de energia e assinar contratos sazonais para fornecimento de gás, além de continuar a fazer um “bom trabalho” no uso ordenado de energia. Além disso, dar “pleno desempenho” ao papel das reservas de energia e das capacidades de suporte de emergência, canalizar “racionalmente” os custos de energia e controlar efetivamente a demanda “irracional” no setor.

O porta-voz também garantiu que o Nordeste do país está sendo observado com atenção, uma vez que o clima da região é extremamente frio. Em todo o país, “o uso de energia para o sustento das pessoas será totalmente garantido em termos de recursos”, assegurou. No uso residencial, famílias são responsáveis por menos de 20% do consumo de eletricidade e menos de 50% do de gás, segundo o porta-voz.

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma trabalhará com as “partes relevantes” para aumentar as capacidades de garantia do fornecimento de energia, fortalecer a coordenação e garantir um fornecimento de energia confiável, disse o porta-voz. De acordo com ele, neste inverno, a capacidade instalada total do país atingirá 2,4 bilhões de quilowatts (kW) – um aumento de cerca de 200 milhões kW ano a ano. A carga de pico efetiva aumentará em mais de 60 milhões kW.

A China é um grande importador gás natural do mundo e também lida com o aumento de preços nos mercados internacionais. Segundo o porta-voz, porém, dada a “gestão de preços” de postos de venda de referência para o gás residencial, o impacto do aumento dos preços internacionais do gás no consumo pela população pode ser “reduzido ao mínimo”.