PEQUIM, 7 DEZ (ANSA) – O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou que espera e acredita na volta da “objetividade e da racionalidade” nas relações com os Estados Unidos após a posse do novo presidente do país, Joe Biden, em 21 de janeiro.
Em mensagem enviada ao “US-China Business Council”, que reúne empresários dos dois países, nesta segunda-feira (07), o representante de Pequim afirmou ainda que acredita que o democrata respeitará a “história, os interesses fundamentais e os sistemas e percursos escolhidos por seus respectivos povos” quando houver a necessidade de gerir diferenças e conflitos.
“China e Estados Unidos podem cooperar em tudo em áreas como a gestão da pandemia [de Covid-19], a retomada econômica e as mudanças climáticas”, acrescentou Wang, ressaltando que o “objetivo mais urgente no momento é que ambas as partes trabalhem juntas e removam qualquer tipo de interferência para obter uma transição gradual das relações China-EUA”.
A relação entre chineses e norte-americanos vem se deteriorando desde o governo de Barack Obama, mas os problemas se acentuaram durante os últimos quase quatro anos de presidência de Donald Trump.
Em 2020, a política de aplicação de sanções e restrições atingiu níveis elevados em todos os campos – políticos, econômicos, estudantis, diplomáticos e tecnológicos – por conta da decisão do republicano de aplicar punições diretas e não através de organismos internacionais de controle.
Analistas ouvidos pela ANSA, pouco antes das eleições presidenciais de 3 de novembro, acreditam que, com a chegada de Biden, os Estados Unidos mantenham pressão internacional contra Pequim, mas façam isso de uma maneira mais “tradicional” para os democratas, usando as organizações internacionais ao invés de sanções diretas. (ANSA).