Por Hallie Gu e Dominique Patton

PEQUIM (Reuters) – A China elevou o preço mínimo para o trigo licitado a partir de suas reservas estatais nesta segunda-feira, segundo um aviso do governo, em um esforço para reduzir a demanda pelo grão.

O preço mínimo para a maior parte do trigo das reservas colocada à venda na semana foi elevado para 2.350 iuanes (358,99 dólares) por tonelada, acima das 2.290 iuanes definidas em 2019, segundo nota no site do Centro Nacional de Comércio de Grãos.

Comerciantes chineses e fabricantes de ração têm buscado comprar trigo das reservas estatais para substituir o milho, cujos preços dispararam.

A onda de compras pressionou para cima os preços do trigo.

Segundo o analista sênior de grãos Li Hongchao, do site Myagric.com, esse é mais um movimento do governo para equilibrar o mercado entre milho, trigo e arroz.

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“É ok que o trigo mais barato vá para o mercado de ração, mas talvez não os melhores tipos”, afirmou Li.

A China vendeu 515.209 toneladas de trigo, ou apenas 12,81% do total em oferta, em um leilão de reservas estatais na semana passada, disse o Centro Nacional de Comércio de Grãos em um comunicado na segunda-feira.

O volume vendido, a um preço médio de 2.349 iuanes por tonelada, diminuiu em relação às mais de 1,5 milhão de toneladas vendidas na semana anterior, depois que o governo restringiu o comércio.

O governo havia permitido a participação apenas de processadores de farinha e empresas de ração e pecuária no leilão da última quarta-feira, essencialmente proibindo “traders”.

Os compradores foram obrigados a assumir o compromisso de que o trigo comprado seria para consumo real e não para comercialização, informou o centro comercial em seu site no início de abril.

“A restrição à participação dos traders no leilão esfriou a venda, mas não significa que a demanda do setor de ração (por trigo) esteja fraca”, disse Meng Jinhui, analista sênior da Shengda Futures.

A queda nas vendas de trigo também ocorre depois que os preços do milho na China caíram de níveis recorde atingidos no início do ano, enquanto uma série de surtos de peste suína africana reduziu o rebanho suíno no norte da China e restringiu a demanda por ração.

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