China e Rússia reforçam cooperação em questões globais

PEQUIM, 15 DEZ (ANSA) – Os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, fizeram uma reunião virtual nesta quarta-feira (15) e reforçaram a cooperação e o apoio mútuo entre as duas nações.   

O encontro, que durou cerca de uma hora e meia, ocorreu menos de uma semana depois do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ignorar os dois líderes em uma cúpula sobre a democracia com mais de 100 países.   

“As relações entre China e Rússia superaram várias provas de várias tempestades e demonstram nova vitalidade. As partes se apoiam em temas de interesse central e defendem interesses compartilhados […] com planos em vários campos para o desenvolvimento duradouro e de alta qualidade das ligações bilaterais”, disse Xi à imprensa chinesa após o encontro.   

Lembrando a pandemia de Covid-19, o líder chinês afirmou que o mundo “atravessa um período de mudanças turbulentas” mas que, mesmo assim, as relações sino-russas “resistiram” a todos esses problemas.   

“Nós mantivemos a comunicação e a coordenação sobre as principais questões de várias maneiras e conduzimos, de maneira conjunta, as relações sino-russas. As duas partes anunciaram formalmente a extensão do ‘Tratado Sino-Russo de Boa Vizinhança, Amizade e Cooperação'”, acrescentou o líder chinês, que ainda pontuou que a “colaboração pragmática” tem “enormes vantagens políticas e de oportunidades”. A parceria também prevê um acordo militar para defesa.   

Os dois líderes afirmaram ainda que as trocas comerciais entre os países superaram, pela primeira vez na história, os US$ 100 bilhões nos primeiros três semestres de 2021 e “se espera” que esse recorde seja superado ainda neste ano.   

O comunicado de Xi Jinping ainda ressalta que as duas nações “demonstraram ativamente as suas responsabilidades de grandes potências, unindo a comunidade internacional para combater a pandemia, explicando as corretas conotações de democracia e direitos humanos, tornando-se verdadeiros pilares do verdadeiro multilateralismo e da proteção da equidade e da justiça internacional”.   

Tanto China quanto Rússia são alvos de sanções e de críticas públicas dos países ocidentais por violações de direitos humanos de minorias e por ameaças bélicas em suas regiões. Além disso, Biden lidera movimentos contrários às duas nações tanto nas questões tecnológicas como comerciais. (ANSA).